terça-feira, 23 de novembro de 2010

Saudade

Saudade do tempo bem empregado
nas horas de conversa sem destino
de estar sentada com olhar vago
meramente ouvindo

De quando me levava para casa
e falando gesticulava
ouvia risos e também ria
historias engraçadas
e a sensação de estar sendo cuidada
que nada valia

Mas como mudam as estações
o que não era, agora é.
Tentar querer quem se fez querido
tempo perdido,
pois se a mente outrora longe
agora é perto
o dono do pensamento,
fugiu do ninho.

- Nina Volpini -

2 comentários:

  1. Obrigado, Nina, tu também escreves bem, este poema tem uma nostalgia suave que gostei muito. Abraços!

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  2. Você escreve de uma maneira muito autêntica..Nunca enterre seu talento!

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